sexta-feira, 20 de maio de 2011

Capitão Romance

A zanga é uma emoção relacionada com a interpretação psicológica de ter sido ofendido, injustiçado ou negado, associado a uma tendência à retaliação. Envolve uma forte resposta emocional a uma provocação percebida, ao desconforto...
Embora a maioria das pessoas que experimentam zanga expliquem a sua excitação, como o resultado de "algo que lhe fizeram/aconteceu", a zanga causa uma perda de auto-controlo e capacidade de observação objetiva, pelo que tal pode não corresponder à realidade.
Ainda assim, a zanga é uma emoção primária, natural e madura vivida por praticamente todos os seres humanos, às vezes, e algo que tem valor funcional para a sobrevivência. A zanga pode mobilizar os recursos psicológicos necessários para uma ação corretiva.


Tal e qual, e do que sinto ao concreto vai tanto...

Sinto-me crescido de uma geração com excesso de competências. Geração que sabe demais, sente demais e sobretudo pensa demais. Tanto demais, que é insuficiente para a vida mediana que nos apresentam.
Eu não sei o que se faz numa vida mediana. Como se vive medianamente?

Premeia-se a banalidade, banaliza-se o intelecto...
Cresci com este handicap de pensar e questionar. Sinto-me competente, excepcional até, quando só me é apresentada mediocridade. E sim zango-me! Contra o que me está fora, e contra o que trago dentro!
Sinto-me negado, injustiçado e ofendido!

Mas também me responsabilizo, pelo que podia fazer diferente e não fui capaz. Pelo inadequado que sou nesta circunstância. Tal é o Fukushima que me bate por tantas incapacidades minhas, que se torna complicado resistir ao auto-lítico, fugir da minha própria degeneração.

"Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou" OV

Vou partir, sem saber para onde ou para quê, só sei que tenho de partir.
E que o meu peito diz "coragem"...

1 comentário:

  1. as viagens podem ser de procura, de descoberta, de repouso, de validação, de fuga. depende de como se vai, para onde se vai e do local do qual se parte... parece-me bem começar pelo próprio peito. coragem!

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