quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Gripe B

Um ano atrás recordo, cuspia sangue por esta altura. Nada de preocupante...
Mas face a uma bela história que nos venderam, tive que ficar em casa 1semana. Resultado: 500 euros que perdi à conta do fantástico contracto de trabalho que me vincula a esta excelsa instituição.
Adiante; acho que nessa altura só havia crise para mim, o resto do pessoal estava porreiro pá. Era bem melhor assim...

O virus como previram os especialistas sofreu mutações e este ano é que é, infectou o sistema financeiro e afecta a saude do "estado social" (já agora se alguém souber o que é isso, que me explique por favor. Obrigado). É engraçado, para mim não há crise, tenho tão pouco dinheiro como sempre tive, continuo a ganhar tão mal que as medidas de austeridade do PEC XXXIV não me atingem senão de forma indirecta, e mais a mais, assim tenho desculpa para não dar a moedinha ao tipo que dorme na caixa de cartão lá à beira de casa.
Ele pede com os olhos molhados como treina desde sempre, e eu assim posso dizer-lhe "vai pr'áqui uma crise..." e vai a ver ele ainda se compadece de mim e não me risca o carro. Estava agora a reparar que aos dias 27 ele nunca lá está... tem direito ao descanso do seu trabalho também, é justo.

Prezo por acreditar na bondade intrinseca das pessoas, mesmo quando ocasionalmente me desaparece a antena, porque penso que alguém levou para arranjar e depois se esqueceu. Pena que entretanto só consigo apanhar a rádio Vácuo e a Mar...
E por isso tendo a acreditar que esta crise era imprevisivel, como vaticinam alguns. Alguma vez poderiamos pensar que gastando mais do que se tem, isso viesse algum dia a dar bronca?.. Ninguém teve má fé, ninguém agiu segundo a sua própria agenda... Ninguém foi corrupto, ninguém lesou propositadamente, ninguém fez ABSOLUTAMENTE nada.

Só posso aplaudir gente que gosta de seguir no seu trabalho a máxima que eu sigo no meu descanso : Dolce Far Niente. E assim tudo vai bem, vivo mais descansado, compreendido e representado.

Um dia destes vou a Itália... Ao menos não falo nisso e não propago mais este virus.

domingo, 10 de outubro de 2010

O Outono

Eu gosto muito do Outono. As folhas de todas as cores, o cheiro a castanhas e os colegas da escola. Eu não gosto do Outono, porque faz muito frio e chove muito...

Mais ou menos assim começavam as composições que faziamos no inicio de cada ano lectivo quando eramos bem pequenos. Na altura, tudo era excitante, rever os amigos, companheiros de brincadeira...
No primeiro dia já tinhamos meia duzia de arranhões e um traumatismo craniano para contar. Bons tempos!
À medida que vamos crescendo damos importância a coisas diferentes, vamos ganhando frio, desconforto...

Não que 'estes' tempos não sejam melhores. Mas a felicidade na chegada do Outono esvanece-se, escorre..
O verão, mesmo sem as férias tem esse sabor como diz, a cerveja gelada. E agora chega ao fim numa toada depressiva da qual apenas os passaros mais distraidos não se aperceberam; invejo-os. O piu piu piu em cima das arvores já me causa alguma nausea, estão lá para nos lembrar que o verão acabou mesmo e só eles não se importam com isso.

Além disso, o Outono traz-nos à memória um dos maiores problemas de Humanidade: as roupas das miudas vão ficando cada vez maiores enterrando-as atrás do cachecol e das botas felpudas até março, correndo bem... E fica assim o nosso mundo mais feio e pobre, um homem já só tem a crise em que reparar!
Mal posso esperar pelos prédios a ruir e tosse durante a noite. Faz-me sentir mais enquadrado com a estação. E já passo a ter desculpa para o Vinho do Porto... XD

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As aventuras d'

Bom dia, boa tarde ou boa noite, conforme a hora que escolheu para ver as aventuras d'ohomemdescomputorizado.
Confesso; o meu conhecimento sobre as "novas tecnologias" e redes pessoais resumem-se à informação recolhida das músicas do Élvio Santiago, e até escrevo um pouco devagar... Sempre fui um pouco avesso à impessoalidade dos ecrãs.
Porém, apaixono-me pela conversa, pela companhia das ideias, pelo conforto das palavras. E nem sempre está perto quem partilhe e deixe partilhar a vida interna, o que de visceral existe em nós. Rendo-me.

Aqui poderão encontrar certamente divagações sobre a economia, a politica, a justiça e todas essas trivialidades que nos atiram. Mas principalmente, ohomemdescomputorizado irá escrever do que realmente importa: as conversas de café, as revistas cor-de-rosa, as discussões sobre futebol e as noites de copos com os amigos. No fundo, daquilo que faz da vida tão maravilhosa em todos os seus tropeções.

Não será uma escrita frequente, as aventuras do dia a dia nem sempre são interessantes e além disso, o homem quer continuar descomputorizado, a vida lá fora é tão saborosa... 

(ah, e já agora obrigado à minha irmã que me ajudou a entrar neste universo e ainda me ensinou o que significa XD, <3 e como se lê aquelas frases estranhas com muitos kappas)