quarta-feira, 2 de março de 2011

Nação SadoMaso

Disse-te para não ires por aí.

Não te observei distante da realidade; apenas não quiseste o caminho que te apontei, lutaste contra ele, sem agressividade, perigo ou ameaça.
Porque te obrigo?
Porque me obrigam?

O comportamento desviante fere-nos a embalagem, mas que direito nos confere para limitar, controlar, reter contra a vontade? Que desvios são tão graves, que direção tão crítica existe, o que tão solenemente me permite retirar a tua liberdade...
Quando algo não nos agrada, a "nós", a quem é conferido o poder, responder com mordaça, mão pesada e chicote é o caminho. Tão cultural, tradicional, português, feudal...

Todo o poder é dado ao dominante e cabe à parte submissa obedecer por livre e espontânea vontade, realizando as tarefas e obedecendo a ordens. Ao menos que em BDSM podem ou não ter conotação sexual. O que sempre traria algo de agradável a este jogo preverso.
Mas aqui, neste portugal pequenino, mordaças são usadas para humilhar e castigar o "submisso" que não obedece. Grilhões toldam os seus movimentos, agudizam os sentidos e o desespero.

A maior parte das vezes observo-os, irrito-me, iro-me contra eles, contra a sua prepotente dominância.

Hoje, fui eu esse filho d' uma ganda Puta!