sexta-feira, 30 de março de 2012

Conflito

Destrutivo, violento, irracional. Ás vezes...
O conflito é um fenomeno subjetivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção. Surge quando há a necessidade de escolha entre situações consideradas incompatíveis. Um choque de motivos, ou informações, desencontradas.

As situações de conflito são antagonicas e perturbam a ação ou a tomada de decisão por parte da pessoa ou de grupos. Ainda assim, externamente, o conflito é sinal de vitalidade, motivação e criatividade.

Internamente, convergem forças de sentidos opostos e igual intensidade (os impulsos de separação, individualidade e autonomia e os impulsos de integração, comunhão e submissão, p.e.), por duas valências positivas, mas opostas, ou duas valências negativas.

Uma mesma ação pode ainda sofrer forças, uma positiva e outra negativa, ambas na mesma direção, escolhas que produzem algo que nos gratifica, mas também outro tanto que nos molesta.

Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo, fica na nossa vontade, na nossa liberdade. Mas quantas vezes abstemo-nos da vontade, suspendemos o nosso juízo.
Uma escolha severamente limitada ou artificialmente restrita leva ao desconforto com a opção selecionada e possivelmente a um resultado insatisfatório, mantendo o desequilibrio. Mas demasiadamente ampla, leva a confusão, indiferença.

Convido-te ao selvagem e ao incerto. Escolhe.

terça-feira, 20 de março de 2012

Arrebatamento

Prende, encanta.
Num estado emocional de arrebatamento intimo; embevecidos, assombrados, enlevados...
Trata-se de maravilha, magia, feitiço!


Fácil, e traiçoeiro.
Atrai, nada nos causa repulsa; o que fazer? Como destinguir?

Depois, quando (e se) passa, já são muitas as agruras que abrimos, em nós e naqueles que partilharam o mesmo extase. E na consequência, não há ninguém para quem chorar, nenhum sítio onde chamar casa.

Haverá outra forma de gerir o impulso, quando nos carrega, nos atordoa a racionalidade?


domingo, 11 de março de 2012

À espera não sei de quê

"Essa miúda é uma feiticeira,
prende-te a mente e põe-se a falar..
E tu bem tentas compreendê-la,
mas o que sai da sua boca
não parece condizer com o que ela
te diz com o olhar." JP

São meus iguais os que observo num rasgo, fugaz, de humanidade.
Outros usam da sua humanidade, para justificar as fraquezas, e desmesuradamente os atos.
Raro alguém que me toque no íntimo, no profundo, com a sagacidade em questão.

Revejo e reconto as minhas estórias passadas, futuras e paralelas, onde me reconheço com uma facilidade atroz. Dá medo, dá para incendiar toda a energia, ou para ficar absolutamente imóvel...

Talvez me ensine a partir, nalguma noite triste. Para já, fico.