segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dentro de mim

Luz, calor, brilho, matiz.
Aconchego, conforto, afecto, gesto, toque, ternura...

Perdi.
Fiquei para lá do tempo. Esgotei a minha permanência.


"Sempre só mais um homem
Mais humano
Mais um fraco..
Sempre sou mais um braço
Mais um corpo
Mais um grito
Sempre..

Dança em mim!
Mundo, vida e fim!
Dorme aqui
Dentro de mim.." T

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O fim do mundo em 'pendant'

Não existe vida nem história sem objetos, dizem os antropólogos.
Objetos são muito mais simbólicos do que funcionais. Os objetos têm valor afetivo,
os objetos carregam escolhas. E por isso nos é tão dificil livrar deles...
São também um tipo de insegurança. Como se ela precisasse ter gasolina de reserva mesmo com o tanque cheio. São o amparo que resta, um último reduto.
Agora a sério, quem vive de história é museu!
Objetos sem utilidade ocupam espaço físico e mental e dificultam a organização das ideias. Quando o mundo me acaba, quando peste, guerra, fome e morte me anunciam o apocalipse já passou da hora de dar destino às coisas inúteis, ao lixo.


No pavoroso, lúgebre, medonho estado melancólico, quebram-se os objetos, arruma-se a casa e alinha-se o Fen Shui da coisa.


Muitas das decisões mais salutares, como as correspondentes à mudança e ao engrandecimento, só são efetuadas em momentos de tristeza, com primazia da clarividência e racionalidade. Quando focamos o fim. O equilibrio.


Não advogo com isto a negação das emoções, mas a consequências das mesmas, leva-nos na direção do nosso conforto, mesmo quando o desconforto está tão presente.


"Pode acabar o mundo, mas pelo menos combinem as cores!" EF