sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Música de Filme

Algures, todos nos sentimos desconfortáveis. A meia do elastico frouxo que insiste em se enrolar no pé, ou, para as senhoras, as seis horas em cima do salto... Nesse lugar, algo não está bem e, embora possamos inumerar a razão para o sentirmos, nem podemos afirmar porque a situação nos é tão desagradável.

O desconforto não é apenas a negação do dito. É uma ofensa ao ânimo. Prende-se que nada que façamos nos retira da experiencia de desconsolo e desalento, por muito que se puxe a meio do elástico frouxo para o devido lugar, ou atiremos fora os sapatos de salto...
O desconforto continua solto no mundo.

Fujo a tudo que me causa desconforto, angústia, sofrimento porque não sei lidar com eles. Ofende a minha integridade, desbarata a sensatez, expõe a fragilidade. Tudo rebate então no peito, seja por fora ou por dentro, aprisionando o sofrimento para lá de mim; ou para cá de mim... Perda, fracasso e morte.

Levamos muitas coisas pela vida fora; resolvemos tristeza, frio, fome, raiva... Dentro de nós o conflito, o fogo o barulho e a noite, e o desconforto continua solto no mundo.

Sem comentários:

Enviar um comentário